sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vigiar e punir: relações com o currículo escolar

A partir da análise dos pontos comuns entre o currículo escolar e as questões levantadas por Michael de Foucault, no capítulo Os corpos Dóceis, os grupos podem deixar aqui suas sínteses a respeito desse tema!

Analisem os trechos abaixo e PROCUREM RELAÇÕES POSSÍVEIS COM O CURRÍCULO ESCOLAR (duplas/ trios):


"A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos dóceis [...] Ela dissocia o poder do corpo; faz dele por um lado uma 'aptidão', uma 'capacidade' que ela procura aumentar; e inverte por outro lado a energia, a potência que poderia resultar disso, e faz dela uma relação de sujeição estrita" (p.127)

"é dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado"(p.126)

"em qualquer sociedade, o corpo está preso no interior de poderes muito apertados, que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações" (p.126)

"Esses métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação de docilidade-utilidade são o que podemos chamar as 'disciplinas' " (p.126)



Bom trabalho!

20 comentários:

  1. Nesses fragmentos podemos notar que Foucault destaca, dentre outras coisas,sobre o controle da atividade através do tempo. O tempo disciplinar é imposto pouco a pouco à prática pedagógica como modelo de treinamento disciplinar. (Juliano, Júlia, Elisa)

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  2. O currículo promove a sujeição estrita, pois o aluno fica submetido a limitações, proibições ou obrigações. Sendo o método que controla, vigia e pune o aluno segundo uma visão tradicional da escola. E que esse poder de controle está presente em muitas das formas possíveis de currículo, porque na maioria das vezes haverá imposições e massificações.(Ana Cristina,Elisabete e Glauce - 4° período pedagogia).

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  3. A relação que podemos perceber entre os trechos do texto de Focault e o currículo escolar, é que o currículo escolar bem como a idéia de fábrica que é colocada no texto, impõe aos sujeitos uma determinada disciplina e uma certa domesticidade. Pensando no ambiente escolar, o currículo muitas vezes pode inibir e limitar o aluno, uma vez que, a proposta do mesmo busca apenas que o aluno reproduza mecanicamente aquilo que lhe é passado, sendo formado para atender a um padrão pré-estabelecido pela sociedade. Por estar sempre submisso a um currículo, à variadas formas de disciplinização e a inúmeras obrigações, o aluno acaba sendo impedido de desenvolver sua autonomia e uma consciência crítica em relação à sociedade.
    Aline e Mª Isabel

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  4. A unidade escolar em si está associada a interesses políticos e relações de poder, cujo currículo é um meio de impor comportamentos, modelar tanto na forma de pensar quanto na forma de agir de acordo com as imposições de uma sociedade capitalista que transmite e reproduz as divisões de classes através da escola, sendo esta um aparelho ideológico em função do estado. Por atingir todas as massas e classes é um meio mais viável para o Estado fazer esta reprodução, ou seja, a escola visa à formação de um cidadão nos moldes da sociedade, em que o aluno é um ser passivo, submisso, e fácil de ser manipulado. Mas a escola apenas repassa um currículo que lhe é imposto associado com os seus objetivos de cidadão modelo. ( Edilene Ribeiro, Flaviana Ribeiro, Julieth Nascimento, Larissa Souza, Maria Suinete, Michelle Lisboa - 4º Periodo Pedagogia)

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  5. Com relação aos trechos do texto analisamos o currículo como possibilidade de poder e controle, pois através da leitura destes, vimos que é diante da submissão e manipulação da disciplina, que o indivíduo pode se tornar “aperfeiçoado” e “capacitado” para desenvolver o que lhe é imposto.
    (Jociara Aquino; Monalisa Santos)

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  6. A submissão implícita na disciplina proveniente da relação de poder, onde prevalece o treinamento e obediência que fazem dos corpos uma relação docilidade-utilidade é vista constantemente no cotidiano de algumas escolas, que a todo tempo buscam exercer sobre a criança um adestramento que traga facilidades ao emprego do currículo desejado. Não só em algumas escolas, mas também em alguns hospitais e instituições militares, acontece as vezes uma valorização dessa disciplina que exercita os corpos (mas no que se diz respeito a força física e menos na força mental), devido ao demasiado apego ao currículo que se aperfeiçoou na arte de “sugar dos corpos toda a sua capacidade em aprender, obedecer e treinar.” Portanto a de se esperar dos educadores a responsabilidade de intervir no processo de aquisição de conhecimento dos alunos pois é necessário fazermos um planejamento curricular especialmente para educação infantil pensando nas crianças, que necessitam de uma educação onde o educar não esteja separado do cuidar.

    4º Período – Natália Carvalho / Vanda Alves

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  7. Os trechos colocados se relacionam diretamente com o currículo, uma vez que, a disciplina fabrica corpos dóceis, que são submissos e facilmente manipulados. Poderes que impõe obrigações. O corpo se torna ‘preso’ a partir destes poderes impostos na sociedade. Pode-se, então, relacionar a colocação de Foucault com o currículo pois, este muitas vezes é imposto pelos poderes da sociedade e faz com que as pessoas sejam submissas a ele, sendo assim, pode-se afirmar que este tem o poder de manipulação sobre as pessoas Porém, existem currículos que são criados especificamente para ‘libertar’ o sujeito, que não manipulam estes através do poder, mas que permitem a livre expressão.(Gilcimara e Rosegleice)

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  8. O currículo tem que desenvolver a livre expressão, autonomia, levando em conta a subjetividade do aluno, para tornar-lo mais crítico, o que não percebemos em alguns currículos, o qual não pensa na vida social do aluno. Focault trata da domesticação dos corpos em varias instituições para torná-los mais fáceis de manipular, imposto pela disciplina. O autor não trata claramente do currículo em seu texto, mas podemos perceber através desta imposição da disciplina uma forma de domesticação. O currículo por sua vez não deve enquadrar o aluno em uma fôrma, mas desenvolver a potencialidade de cada um, não eliminando aqueles que não se enquadraram. (Laís e Luma)

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  9. A partir desses trechos da análise que Foucault faz das disciplinas podemos pensar no currículo enquanto um mecanismo que molda e controla o corpo numa relação de poder. A escola tem como objetivo formar o aluno e há toda uma ideologia por trás do currículo. A idéia de “corpos dóceis”, numa perspectiva pedagógica a nosso ver é tornar o corpo mais obediente e mais útil através da disciplina, desta forma o professor consegue cumprir com este currículo. Ao aluno é imposto uma série de “limitações, obrigações e proibições” ele perde a autonomia de seu próprio corpo em favor desses mecanismos ideológicos. (Aline Patricia, Josiane de Paiva e Eulália Veloso - 4° periodo de Pedagogia UFSJ - 2010

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  10. Ao analisar os trechos postados e a partir da nossa leitura do texto “Os corpos dóceis”, de Michael Foucault, procuramos estabelecer relações dos mesmos com o currículo escolar. Podemos perceber que o currículo seleciona, inibe, submete, limita, proíbe, obriga e controla com a finalidade de construir corpos dóceis, à medida que, estes estão sendo adestrados pelo currículo. Assim, a escola através de seu currículo pode formar como também deformar. Forma à medida que, àqueles que se adequam ao tipo de currículo específico da escola se tornam submissos, atendendo ao que é proposto e imposto pelo mesmo, produzindo assim corpos úteis e “bons cidadãos”. Deforma a partir do momento em que àqueles que não se adequam às exigências desse currículo são eliminados, e são vistos como um “lixo” ou “resíduo” curricular não se enquadrando nos critérios para ser um “bom cidadão utilitário”. Assim o aluno é colocado em dependência do mestre, ficando fechado, rígido em um ambiente no qual não tem a possibilidade de agir, de se tornar um ser crítico, criativo e autônomo. (Camila, Cristiane Castro e Nayane)

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  11. Dentro das escolas, as crianças são colocadas em fileiras numa condição de subserviência, limitando seus movimentos, perdendo a espontaneidade e a capacidade de interação através da expressão corporal.
    (Margareth e Daniela)

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  12. A criança um ser natural, espontâneo,criativa porém, no processo de escolarização faz com que estas habilidades sejam bloqueadas, condicionadas tornado seres moldados a um ideal de ser humano que pretendem formar, deixando para trás a importância de vivenciar a infância seu processo simbólico, lúdico para ser apenas um projeto do futuro. Portanto, se torna necessário pensar num currículo que seja a criança como um todo, valorizando sua singularidade.
    A escola é uma maquina, onde se fabrica os produtos (alunos) desejáveis, as crianças desde que entram na escola são colocadas em uma forma, que ira moldá-las e preparando-as para o mundo, de acordo com os ideais impostos pelos adultos, tornando assim a escola um campo militar.
    A sociedade se encontra numa relação de poder e as crianças também se encontram neste processo, são submetida criança a constantes avaliações, classificações e processos seletivos e neste contexto ignora a maioria das crianças, pois não se enquadram no perfil der humano que pretendem formar.
    O currículo imposto faz com que os corpos sejam tratados como maquinas que são manipuláveis, controláveis exercendo as funções que lhes são determinadas e impostas. Tal docilidade se transforma em alvo de manipulação para realização de desejo de quem detém o poder. ( Elizangela, Carina, Nikelly e Raquel)

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  13. "A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos dóceis [...] Ela dissocia o poder do corpo; faz dele por um lado uma 'aptidão', uma 'capacidade' que ela procura aumentar; e inverte por outro lado a energia, a potência que poderia resultar disso, e faz dela uma relação de sujeição estrita" (p.127)

    A disciplinarização pode ser o eixo central do currículo, a partir daí, um corpo só pode ser transformado se puder ser domesticado, para tanto o currículo escolar pode ser comparado a uma fábrica onde nos seus diversos departamentos ele se encarrega de moldar, transformar os sujeitos, adequá-lo ao seu padrão de qualidade, no intuito de produzir “peças” que serão partes de uma grande potência.

    "é dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado"(p.126)

    O currículo pode ser entendido neste trecho, como um agente responsável por determinar o sujeito que se adéqua ou não ao que lhe foi imposto, definindo assim, que um corpo dócil é aquele capaz de corresponder as suas expectativas. Os corpos que não forem dóceis sofrerão coerções para se adequarem ao processo, mas se continuarem resistentes serão eliminados pelo processo de dominação. Isso não quer dizer que eles sejam ruins, eles apenas não se adaptaram.

    "em qualquer sociedade, o corpo está preso no interior de poderes muito apertados, que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações" (p.126)

    Ao longo da história a relação de poder sempre esteve presente na sociedade, da mesma forma, ao longo do tempo os métodos de dominação vem sendo mudados. Um dos métodos atuais pode ser entendido como sendo o currículo escolar que, com sua relação de poder, manipula os sujeitos que se deixam submeter por ele. Sendo que se trata de uma dominação sutil, implícita, que pode até passar despercebida.

    "Esses métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação de docilidade-utilidade são o que podemos chamar as 'disciplinas' " (p.126)

    As disciplinas são partes integrantes de um currículo, se caracterizando como fórmulas gerais de dominação, sendo assim, ela fabrica corpos submissos e mecanizados, prontos a atender aos comandos.

    Diante de tais situações o currículo, através das disciplinas molda o sujeito de forma a adequá-lo e adaptá-lo às necessidades da sociedade. Mostra-se o ambiente da disciplinarização, onde os corpos são domesticados.

    Cristiane Lilian, Josiane Marillac e Tatiane Resende

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  14. As disciplinas compostas nas estruturas curriculares, segundo Foucault, o professor pode moldar e manipular o aluno para que ele possa ser submisso nas relações de poder presentes na sociedade. Para que durante sua convivência social ele não venha intervir na sua realidade e desenvolver sua consciência crítica peante ao mundo.(Graciele e Sabrina)

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  15. Resposta questão b: para realizar uma avaliação formativa a professora deve primeiramente conhecer a singularidade e a realidade de cada aluno, para a partir de então buscar métodos de intervenção que o ajude na aquisição de novos conhecimentos, valorizando o aprendizado do aluno. As experiências vividas pelos alunos pode ser um ponto de referência . Essa intervenção deverá se adaptar as necessidades do aluno , para que assim possa conseguir atingir os objetivos almejados.(bruna e elaine)

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  16. Com o texto "Os corpos dóceis" Focault busca mostrar que o currículo escolar molda e controla o sujeito numa relação de poder. A idéia de corpos dóceis é tornar o corpo obediente e útil, e a escola é um dos mecanismos que torna isso possível, pois ela adequa-o e adapta-o para a sociedade. (Michelly da Silva Oliveira)

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  17. Elma - Em relação ao trecho da pág.127, existe uma relação nítida entre o currículo e a disciplina, visto que o primeiro impõe o segundo aos alunos com o objetivo de torná-los dóceis, submissos. Da mesma forma é o trecho da pág.126, onde podemos entender o currículo como um meio de domesticar a criança através dos códigos, dos horários, da disciplina, tornando-as mecânicas, pois o intuito disso tudo seria atingir a PERFEIÇÃO.
    Na minha visão, é importante a disciplina, mas de forma moderada. Ela não pode ser o objetivo da educação, da formação da criança, mas um meio moderado de conseguir essa formação.

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  18. O currículo escolar, muitas vezes, poda a criatividade e a iniciativa dos alunos, privando-os de produções e de aprendizagens diferentes, focalizando apenas um tipo de ensino padrão que visa uma formação voltada para a "necessidade" da sociedade, contribuindo para a inserção, na mesma, de sujeitos facilmente influenciáveis, sem cede de transformação e sem atitude. Sujeitos utilizados para exercer a função que a sociedade necessitar sem maiores resistências, ou seja, corpos dóceis formados no interior da escola através de um modelo curricular baseado em uma disciplina que de tão rígida chega a não pratica da educação, mas a pratica da criação de homens robôs que agem inconscientemente oprimidos por uma formação arbitrária. Parece exagero? Então como classificar um currículo onde crianças são obrigadas a desempenharem um papel que não lhe cabem, precisando aprender que assumirão sua identidade infantil quando o sino tocar e atravessarem o portão cruzando o limite da instituição e que poderão ir ao banheiro quando o mesmo sino anunciar o momento certo, mas quando é o momento de sorrir, de criar se as manifestações espontâneas são recusadas pelo professor que corre contra o tempo tentando passar todo o conteúdo que lhe foi ordenado, exigindo de todos um comportamento exemplar, mas às vezes sem sequer saber o real aprendizado alcançado pelos alunos. ( Maria Katiuscia do Carmo 4°Periodo de pedagogia)

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